quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Relembre os modelos mais emblemáticos das duas marcas no Hall da Fama das magrelas made in Brazil.


Monark Barra Circular - Lançada no início da década de 60, é o primeiro e maior sucesso da Monark até hoje. Ainda é um dos meios de transporte mais utilizados no norte e no nordeste do país.


Monark Monareta - Foi criada nos anos 60, mas só virou febre na década seguinte. Ganhou várias versões de acabamento: Centauro, Águia de Ouro, Olé 70 e Dobramatic, que preconizou a atual onda das bikes dobráveis.


Desde 1973 as dobráveis já faziam sucesso entre os ciclistas.


Monark BMX - Pantera Sonho da garotada da época que queria fazer como o personagem do filme E.T. Destacava-se da rival Caloi Cross por conta do freio a tambor – supereficiente, desde que não estivesse chovendo.



Caloi 10 - Sucesso imediato, a bicicleta era uma réplica das usadas em competições de estrada e vinha com quadro italiano e peças japonesas. Depois foi completamente nacionalizada, perdendo em qualidade.



Caloi Aluminum - Primeira bicicleta de alumínio a ser produzida no Brasil. O sucesso foi tanto que a Caloi tornou-se o maior fabricante do mundo desse tipo de quadros na época.



Caloi Cross - Lançada em 1982 na carona do sucesso dos campeonatos de BMX que tomavam o país, apareceu até no filme Trapalhões e o Mágico de Oroz



Caloi Cruiser - Semelhante a uma BMX de adulto, ela foi a primeira bike usada pelos pioneiros da mountain bike no Brasil, lá pelos idos dos anos 80. Depois de modificada, ela servia para descer trilhas.


IMAGENS GOOGLE.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

1° FORUM MUNDIAL DA BICICLETA DE PORTO ALEGRE/RS

1º Fórum Mundial da Bicicleta
1º Fórum Mundial da Bicicleta
Começa nesta quinta (23) o 1º Forum Mundial da Bicicleta, que acontece na cidade de Porto Alegre, Rio Grande do Sul. São quatro dias de evento com palestras, oficinas e cursos na Usina do Gasômetro, em um encontro que marca um ano do atropelamento de dezenas de ciclistas do coletivo Massa Crítica, vitimas de um ataque deliberado de um motorista na Cidade Baixa, região central da capital gaúcha.
A programação do Fórum conta com 62 atrações entre pedaladas, protestos, encontros e passeios. No dia 26, domingo, o evento chega ao fim com um show especial com Plá, Apanhador Só e Bandinha Di Dá Dó. Nas salas de conferência do local rolam discussões e workshops sobre customização de bikes, ciclismo de competição, urbanismo, proteção aos direitos dos ciclistas, cicloativismo, cicloturismo, preparação para o uso de bicicletas como meio de transporte, mobilidade urbana e muito mais.
Entre os destaques da programação estão a urbanista inglesa Fiona Roy, que participa do painel “Porto Alegre e a Bicicleta – Problemas e Soluções”; Antônio Ternura de Paula, que convida ciclistas a documentarem a Massa Crítica na oficina “Ciclovideoativismo – Documentando e Mudando a Realidade”; Artur Elias e Eduardo Macedo na mesa “Um Outro SUV é Possível – Transportando Cargas e Pessoas: Ciclismo Utilitário” e os holandeses Hilde de Leeuw e Tos Alles que contam sua história no debate “De casa para o mundo”, sobre o uso da bicicleta como meio de transporte nas cidades europeias.

Vai lá: 1º Forum Mundial da Bicicleta
Quando:
de 23 a 26 de fevereiro de 2012
Onde: Usina do Gasômetro - Av. Presidente João Goulart, 551 - Centro, Porto Alegre
Quanto: Grátis
Site: www.forummundialdabici.com

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

A bicicleta ganha força em SP


      A melhor notícia da semana para quem mora em São Paulo foi divulgada sem muito alarde. Segundo a reportagem na Folha de SP, a cidade vai receber um sistema de compartilhamento com três mil bicicletas espalhadas por 300 estações.
      O sistema será parecido com o que já existe no Rio de Janeiro, e também deve ser patrocinado pelo banco Itaú. De acordo com a reportagem, a localização das estações de compartilhamento será baseada no mapa das melhores rotas para circular de bicicleta organizado pelo Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento).
      Ainda de acordo com a reportagem, as estações serão pensadas para melhorar a integração com o sistema de trens, metrô e ônibus da cidade. Sensacional, não?
      Isso só mostra que a bicicleta está sendo cada vez mais aceita na cidade de São Paulo, e o poder público cada vez mais atentos para seus benefícios. É a força do pedal se ampliando cada vez mais!
      Ao mesmo tempo em que ficamos sabendo da proposta deste grande projeto de compartilhamento de bicicletas, o colunista da Folha José Luiz Portella Pereira, ex secretário estadual dos Transportes Metropolitanos e de Serviços e Obras da Prefeitura de São Paulo, escreveu um texto no jornal que é leitura obrigatória para quem quer ver uma cidade melhor e com mais mobilidade. Veja um trecho abaixo:

      Andar a pé e de bicicleta trazem um novo padrão: ver a cidade em uma velocidade mais humana que nos permite enxergar e usufluir os inúmeros benefícios que ela tem. Pode estar começando uma nova Semana da Arte Moderna. A arte de ter uma cidade construída para nós.

      É isso, não é? Então vamos seguir promovendo a bicicleta como meio de transporte e todos os seus benefícios para nós mesmos e para a cidade!


GOOD PEDAL'S À TODOS!

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

WORLD BIKE TOUR SP 2012

      No último dia 25/01 ocorreu em São Paulo- SP o World Bike Tour:
"O World Bike Tour é um projeto que contém um conjunto de atividades, que culmina num passeio ciclístico, sem objetivos competitivos e que conta com a participação de milhares de pessoas."


    Muitos criticam evento do tipo "passeios ciclisticos", somos da opinião que qualquer manifestação em prol da bicicleta é valida, mas neste caso é diferente, pois as pessoas que participam tem que pagar uma inscrição no valor de R$ 200,00 mas ganham um kit:
Bicicleta, capacete, mochila, camiseta, diploma, bebida (água) e brindes promocionais. E pelo regulamento não pode levar a sua bicicleta, mas você ganha a bicicleta do evento! Só isso já vale a participação! Se de cada 100 pessoas que participarem pelo menos uma começa a usar a bicicleta que ganhou no dia a dia, o evento já valeu a pena. E além do passeio, também ocorrem diversas atividades, seguem os links sobre o evento:
http://www.dgabc.com.br/News/5938333/passeio-ciclistico-provoca-13-km-de-transito-em-sp.aspx

Neste site além de vídeos e notícias sobre o evento, também tem várias dicas e informações sobre pedalar, vale a pena dar uma conferida:
http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2012/01/pedalar-desenvolve-varios-musculos-e-capacidade-cardiorrespiratoria.html

Será que algum dia teremos um evento desses por aqui? Vamos trazer o World Bike Tour para Minas!


GOOD PEDAL'S Á TODOS

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

AS CAPITAIS DAS BIKES

Como os moradores de Berlim e de outras importantes metrópoles transformam a bicicleta num veículo para ficar em forma e respeitar o meio ambiente.

      Berlim é a capital mundial da música eletrônica e epicentro de toda e qualquer bagunça noturna na Europa. Na cidade mais populosa da Alemanha, com 3,4 milhões de habitantes, borbulham bares, clubes e festas clandestinas. Nessa efervescente vida boêmia, um detalhe que chama a atenção dos visitantes é a ausência de serviços de manobrista nas portas das baladas. Em Berlim, no lugar dos valets há inúmeras bicicletas esperando seus donos voltarem depois de muitas cervejas. "Pedalar bêbado faz parte da vida berlinense", afirma Emilie Trice, uma americana de 28 anos que trabalha numa galeria de arte na região central da metrópole. "Eu só me considerei integrada à cidade depois que saí de uma festa e enfiei minha bicicleta num poste".
      A presença cada vez maior das bikes em Berlim não se resume ao circuito da vida noturna. Graças a uma série de políticas públicas implantadas há mais de dez anos, a cidade tem hoje um total de 775 quilômetros em ciclovias, quase 34 vezes a mais que São Paulo, cuja população é três vezes maior que a de Berlim. Estima-se que a metrópole alemã tenha 500.000 usuários de bikes, correspondendo a quase 10% do tráfego. O mais impressionante de tudo é que essa multiplicação de ciclistas ocorre num lugar onde marcas como Mercedes e BMW sempre foram motivo de orgulho nacional. "Aqui, as bicicletas se tornaram parte da cultura, na questão do trânsito elas são consideradas iguais aos carros. Se um automóvel está atrás de uma bicicleta, não acontece de ele buzinar ou ultrapassar", afirma o consultor mineiro Gustavo Gardini, 33 anos, que mora em Berlim desde 2003.

Um usuário das ciclo-rutas de Bogotá e um estacionamento em Amsterdã, cidade onde os ciclistas são responsáveis por 40% do tráfego urbano.


      Um dos serviços disponíveis para estimular a multiplicação de ciclistas urbanos é o Call a Bike, implantado na Alemanha em 2001. Para sair pedalando em uma das 6.ooo bicicletas que ficam disponíveis em estacionamentos espalhados pelas ruas de 60 cidades do país, basta fazer uma ligação ou entrar no aplicativo online pelo celular. O sistema destrava o cadeado da bike escolhida e, ao fim do percurso, calcula o valor da corrida com base no tempo e na distância percorridos- os preços são 8 centavos de euro o minuto ou 9 euros o dia. Somente no último ano, o aumento do número de usuários do Call a Bike foi de quase 70% na Alemanha. A estatal Deutsche Bahn, empresa responsável pela administração do serviço, encara o sistema hoje como um elo importante da rede de transporte. "Cada bicicleta custa 1.000 euros. Se analisarmos isso isoladamente, realmente não dá lucro. Mas as vantagens são enormes quando se pensa em termos de sustentabilidade, com a redução na emissão de poluentes", afirmou ALFA Wolfgang Pelousek, um dos diretores da DB International.
      Não são apenas os moradores de Berlim que transformaram a bicicleta num veículo para desafogar o trânsito e, de quebra, criar uma rotina mais saudável. Entre outros benefícios, o ciclismo ajuda a melhorar a capacidade cardiovascular e respiratória, além de trabalhar os músculos das pernas. Enquanto Berlim virou um exemplo mundial de como adaptar aos ciclistas uma grande metrópole e com uma forte cultura de carros, Copenhague, capital da Dinamarca, ficou conhecida como o lugar onde se realiza a experiência mais radical de uso de bikes no trânsito urbano. No país, elas respondem por quase 40% do tráfego. Para facilitar a vida dos ciclistas, foram criados estacionamentos, pontes exclusivas e vagões especiais no metrô. A cidade de Amsterdã ,na Holanda, tem uma política pública muito parecida. Suas ruas estreitas e os canais não permitem um bom fluxo de carros, muito menos espaço para estacionar. As viagens de bike são responsáveis por cerca de 40% do transporte urbano.


Metrô em Copenhague, onde o governo criou uma série de serviços para os ciclistas.


      No Brasil, há projetos vagos falando sobre a criação de mais de 100 quilômetros de espaços especiais para o trânsito de bicicletas nas grandes cidades. Apesar do descaso do poder público, o número de ciclistas vem aumentando. A cada ano, são vendidas no país mais de 5 milhões de bikes, para todos os estilos e gostos. O trânsito e a violência são utilizados como argumentos para justificar por que os exemplos internacionais não podem ser replicados aqui.
      A cidade de Bogotá, na Colômbia, enfrentava problemas semelhantes. Mesmo assim, investiu pesado no assunto a partir do final da década de 90 e, em quatro anos, construiu 400 quilômetros de ciclovias, como uma forma de desafogar o tráfego. Chamadas de ciclo-rutas, elas não disputam lugar com os carros. Ficam nas calçadas ou em ilhas entre uma pista e outra. "Uma ciclovia mostra que os cidadãos em uma bicicleta de 30 dólares são tão importantes quanto os motoristas que dirigem carros de 30 milhões de dólares", diz o ex-prefeito de Bogotá Enrique Peñalosa. Ele foi o responsável pela implantação do programa de ciclovias e hoje trabalha como consultor e presidente do conselho do Instituto de Transporte e da Política de Desenvolvimento (ITPD), em Nova York, que promove o transporte sustentável. Desde o início da construção das ciclo-rutas, o uso de bicicletas quintuplicou em bogotá. "Você sente que está num lugar que funciona só de ver gente andando de bicicleta. Sabe que aquilo não é uma selva", diz o diplomata José R. de Andrade Filho, que serviu na embaixada brasileira em Bogotá entre 2003 e 2007.